SONHOS FELIZES
Marta Alves

É certo que todos precisamos de ar, água e comida para sobreviver, mas também é verdade que não conseguiríamos fazê-lo sem dormir! O sono (ou a falta dele!) tem um enorme impacto no modo como funcionam muitos dos nossos órgãos e sistemas, nomeadamente o coração e o cérebro, tendo uma função restauradora [re]conhecida e importante.

Todos precisamos de dormir, sendo que isso é particularmente importante para os bebés e crianças, pois afeta o seu desenvolvimento físico e mental. Existem já diversos estudos que demonstram a importância do sono para os processos de aprendizagem, de memória e até para a motricidade, portanto, o sono deverá tornar-se numa prioridade, sendo considerada uma questão de saúde e devendo sempre (a meu ver) ser abordado de um ponto de vista holístico!

Pessoalmente, acredito que quando falamos sobre o sono das crianças - sobretudo se falarmos sobre os primeiros meses após o nascimento, grande parte das questões que se colocam são enviesadas, por um lado, devido a crenças, expectativas e influências culturais (algumas muito desfasadas da realidade!), e por outro, porque há ainda muito pouco conhecimento sobre o que REALMENTE é o sono infantil, seja em relação às suas características, seja relativamente às necessidades específicas dos mais pequenos. 

Parece-me importante começar por propor uma mudança de perspectiva!

Não sei exatamente de onde é que terá surgido a idéia de que “dormir como um bebé” era dormir sozinho e durante longos períodos de tempo… mas sei que nos veio tramar à grande! Aos bebés, porque pura e simplesmente não têm como o fazer e aos pais porque acabam por ser colocados sob tanta pressão social, que acabam por sentir que, façam o que fizerem, nunca estarão bem – ora com a sua consciência, ora com a sociedade que insiste sempre em opinar sobre as suas opções (sejam elas quais forem)!

Então, talvez devamos começar por clarificar sobre o que realmente estamos a falar quando nos referimos ao sono infantil…

Mas, vamos começar esta história ao contrário!

Comecemos, pois, pelo sono dos ADULTOS! 

Antes de mais, é importante referir que o sono dos adultos é regido por ritmos circadianos, que são mudanças fisiológicas que seguem o ciclo das 24 horas, sendo que muitas dessas mudanças são influenciadas pela exposição à luz e à escuridão.

Os ciclos de sono dos adultos duram aproximadamente 90/110 minutos. O primeiro estágio do ciclo do sono é um período de transição durante o qual o corpo e o cérebro passam de um estado de vigília para o sono. Esse período é relativamente curto, durando apenas alguns minutos (o tempo que demoramos a “adormecer”) e o sono é bastante leve, quer isto dizer que tenderemos a acordar com mais facilidade durante este estágio do sono. Aqui, o nosso corpo começa a desacelerar os seus ritmos. Os batimentos cardíacos e respiratórios diminuem e os olhos começam a relaxar. Os músculos também relaxam, mas ocasionalmente podem contrair-se (quem nunca?). Passado esse 1º estágio, nós - os adultos, atingimos o segundo estágio do sono não REM, sendo este também caracterizado por sono leve, mas em que o corpo começa já a fazer a transição para um sono mais profundo. No corpo, os batimentos cardíacos e respiratórios diminuem ainda mais, os músculos relaxam ainda mais, os movimentos dos olhos param e a temperatura do corpo diminui. O sono profundo, sono por ondas lentas – as ondas delta, é o terceiro estágio do sono não REM. Embora naturalmente o corpo complete alguns ciclos durante a noite, é sabido que o terceiro estágio ocorre em períodos mais longos durante a primeira parte da noite. No corpo, os batimentos cardíacos e respiratórios são mais baixos durante essa fase do ciclo do sono. Os músculos e os olhos também estão muito relaxados e as ondas cerebrais tornam-se ainda mais lentas, fazendo com que possa ser muito difícil acordar alguém. É normalmente durante este estágio que ocorrem distúrbios do sono, como por exemplo o sonambulismo. Cerca de 70-90 minutos após adormecer, os adultos atingem a fase de sono REM (Rapid Eye Movement ou sono paradoxal). Durante esta fase do sono, os olhos movimentam-se (às vezes freneticamente!) por detrás das pálpebras fechadas. No sono REM, as ondas cerebrais começam a assemelhar-se às ondas cerebrais do estado de vigília e os batimentos cardíacos e a respiração aceleram novamente. É durante o sono REM que ocorrem a maioria dos sonhos. O cérebro dá ordem para “paralisar” temporariamente os braços e as pernas para impedir que o corpo atue nesses sonhos e, assim, ficamos em atonia muscular.

No final deste ciclo do sono e, se não houver nenhum desconforto ou inquietação, voltamos a entrar no estágio 1 novamente e por aí a fora... Os despertares parciais (despertares breves) são comuns aquando da transição entre os ciclos do sono, mas podem ocorrer despertares mais significativos a cada 2/3 ciclos. Com alguma sorte, voltaremos novamente a adormecer sem que disso tenhamos sequer registo ou, na pior das hipóteses, afofamos a almofada e viramo-nos para o outro lado. Se estivermos desconfortáveis, com frio, fome, sede ou… nos sentirmos inseguros, é muito provável que despertemos MESMO e acabemos até por ter que nos levantar e ir resolver aquilo que nos está a molestar. Será isto assim tão estranho para um adulto? E para um bebé?!?

Reconheceram-se? O.K. Então agora, façamos como os Monty Phyton… “and now for something completely different!” esqueçam tudo o que vos disse porque vamos falar do sono dos mais pequenos!

Importa saber que os bebés começam a ter ciclos do sono cerca das 28/30 semanas de gestação e por volta das 36/38 semanas os bebés até já têm ciclos de sono bastante regulares. 

Quando os bebés nascem, os ritmos circadianos ainda se estão a desenvolver e a “confusão” entre sono diurno e noturno é absolutamente normal, sendo que os nossos avós até diziam que “os bebés são da noite!”. Isto acontece, não só porque a mãe natureza é sábia e era quando nós, mães, parávamos (normalmente à noite) que os nossos bebés ficavam mais activos, mas também porque os seus pequenos estômagos precisam de ser alimentados com frequência!

Diz-se que são necessários cerca de 3 a 4 meses para que os bebés desenvolvam ritmos circadianos maduros. Porém, pesquisas já confirmaram que o tempo necessário pode variar e que até há bebés que conseguem “sincronizar-se” mais cedo, se lhes formos fornecendo as dicas ambientais adequadas. Sabemos agora o enorme impacto que a luz tem no "relógio biológico" dos nossos pequeninos e que a sua exposição a ela pode e deve ser usada de forma sensível e consciente.

É também de referir que os ciclos de sono dos recém-nascidos são mais curtos - cerca de 40/45 a 55/60 minutos (em média) e os bebés geralmente começam logo os seus períodos de sono no equivalente recém-nascido ao REM - aqui chamado de "sono ativo". Alguns estudos mostram que não é incomum que os recém-nascidos gastem mais da metade do seu tempo total de sono em sono ativo (Grigg-Damberger 2016) chegando mesmo aos 75% (Poblano et al 2007; Sadeh et al 1996). Ora, não sobra muito tempo para o sono profundo, pois não?!?

E querem saber porquê? Porque a mãe natureza é sábia! Ah, espera, eu já disse isto…

O sono activo, (o tal equiparado ao sono REM) parece ser mais importante do que se pensava para o desenvolvimento do cérebro dos bebés (Siegel 2005), sendo nesta fase que se "organizam" as suas vivências e em que o cérebro aproveita para testar as suas ligações, nomeadamente aos nervos com ligações músculo-esqueléticas.

Durante o sono ativo, ao contrário dos adultos durante o REM, os bebés pequenos geralmente não apresentam atonia muscular. Como eles se mexem, contraindo e esticando braços e pernas, vocalizando, rindo e, é claro, também… chorando, é frequente os pais serem “enganados” ou seja, levados a crer que os seus bebés estão a acordar, quando na verdade estão “apenas” a SONHAR! Isso pode fazer com que os pais interajam para acalmar o seu bebé no momento… ops!... errado  E, aqui sim, existe uma semelhança pois, os bebés pequenos também têm maior probabilidade de acordar durante o sono REM ou imediatamente a seguir, tal como nós adultos fazemos (Akerstedt et al 2002) e também durante as transições entre os ciclos do sono! Ou seja, qual é a probabilidade do nosso bebé acordar? Pois, é alta, é…

Ah, mas os bebés pequeninos também experimentam algo mais ou menos análogo ao nosso sono profundo, o chamado "sono tranquilo". O sono tranquilo é caracterizado por uma respiração mais lenta e rítmica (Grigg-Damberger 2016). Nesta fase torna-se mais difícil para o bebé despertar, o que nos faria dar pulinhos (silenciosos!) de contentamento! Mas a verdade é que também pode ser problemático se, por exemplo, o bebé tiver uma flutuação nos seus níveis de oxigénio. Pensa-se, então, que isto faz parte de um mecanismo de proteção contra a Síndrome de Morte Súbita do Lactente (SMSL ou SIDS) e, portanto, nos primeiros meses, o ciclo típico de sono de 45 a 60 minutos inclui apenas cerca de 20 minutos de sono dito "profundo". O resto do tempo, os bebés estão em "sono activo" ou em "sono de transição". Já vos disse que a mãe natur… sim? isso!

Resta dizer que a duração total de sono diário varia bastante, é claro, no entanto sabe-se que cerca de metade dos bebés entre os 0 e os 3 meses dormem entre 13 e 16 horas em cada 24 horas, em sonos (mais ou menos) curtinhos e espalhados ao longo do dia.

Gradualmente, à medida que os meses vão passando, o sono vai-se tornando mais “organizado” e mais nocturno, o que não significa que os bebés durmam a noite toda, que é como quem diz dormir 5 horas seguidas! Foi feito um estudo com crianças americanas, em que mais de 15% dos pais relataram que seus bebés de 12 meses ainda não haviam atingido esse marco (Henderson et al 2010). É, pois, normal que bebés desta idade ainda acordem 3-4 vezes a cada noite. Ou até mais! Porque cada bebé é um bebé.

Mas, por agora, voltemos atrás, aos primeiros meses após o nascimento! Para referir quão desafiadores e exigentes podem ser para os novos pais, especialmente para as novas mães, porque, como já foi referido, a MÃE NATUREZA faz com que os nossos bebés acordem frequentemente, não apenas para se alimentarem, mas também por causa de seus ciclos mais curtos e características de sono mais leves. Então, é um fato: os bebés acordam com frequência. Mas tudo ao redor destes novos pais parece "gritar" que os bebés devem dormir no berço por longas horas sem acordar, sem ser para serem alimentados ou para trocar a fralda. O que mais eles poderiam precisar??? Hoje sabemos que as necessidades dos bebés vão muito além de uma barriguinha cheia e um rabo limpo... que às vezes eles acordam "apenas" porque precisam de contato físico, para saberem que estão seguros! E que quanto mais seguros se sentirem, mais facilmente voltarão a adormecer. E que, muitas vezes, os bebés não acordam para mamar… mamam é para adormecer! Sabiam que entre os vários componentes maravilhosos e surpreendentes do leite materno, está o triptofano, um aminoácido usado pelo organismo para ajudar a fabricar melatonina? Os níveis de triptofano no leite materno aumentam e diminuem de acordo com os ritmos circadianos da mãe, e quando os bebés consomem triptofano antes de dormir, adormecem mais rapidamente (Steinberg et al 1992). Não é lindo? Melhor é impossível!

Mas, e porque é que o meu bebé acorda sempre que o pouso no berço?

Ah, essa é fácil! Toda a gente sabe que os berços têm picos! 

Vá, picos, picos, não têm… mas é como se tivessem.

Os bebés precisam de se sentir seguros para poderem relaxar e enfim, dormir e, muitos deles, para se sentirem seguros, precisam do nosso toque, do nosso cheiro, de sentirem a nossa respiração e o nosso coração a bater pertinho do deles... Tal como tinham durante as cerca de 40 semanas que estiveram no forninho. E, já do lado de fora, tal como o temos feito ao longo de uns bons milhões de anos! Na verdade, esta necessidade de contacto físico é mais intensa nuns bebés do que noutros. E eu sei-o bem, porque tenho 2 crias com 2 registos tão distintos cá por casa! Aos bebés que dormem descansados no seu bercinho não os vamos obrigar a dormir ao colo, pois não? Então e aos que não estão [ainda!] preparados para dormir sozinhos e querem é o nosso colo? Vamos obriga-los a ficar no berço??? Bom, claro que cada progenitor será soberano sobre as suas decisões parentais e não sou eu que vou obrigar ninguém a fazer ou deixar de fazer o que quer que seja… Cabe-me apenas informar e desmistificar. 

Na verdade, o sono só será um problema se fizermos dele um problema…

Lembro-me de há tempos, enquanto estudava, ler uma frase que me pareceu bastante interessante. Fica um bocadinho "lost in translation" 😅, mas aqui vai: Sabias que quase toda a pesquisa que existe sobre o sono vem de países Ocidentais (Western), Educados (Educated), industrializados (Industrialised), Ricos (Rich) e Democráticos (Democratic) (ou seja W.E.I.R.D. que significa estranho ou esquisito)?

A verdade é que a pesquisa do sono é fortemente centrada no Ocidente e também na população caucasiana, como se apenas "nós" estivéssemos a fazer o que é certo e todo o resto do mundo andasse a disparatar, fazendo o errado. Pensando nisso, não vos parece um bocadinho estranho?

Estamos actualmente a braços com questões (crenças!) muitas delas fruto da forma como nós próprios fomos educados. Por um lado, endeusou-se o “bebé independente”, quando já sabemos tão bem que (ainda!) não o conseguem ser e, por outro lado, diabolizou-se a cama compartilhada, quando na verdade foi esta a norma biológica desde tempo imemoriais e ainda o é, em muitas partes do mundo! 

Somos sempre livres de escolher a opção que mais nos convém, é claro! Mas, se por acaso até nos calhou um bebé que precisa - como é normal e fisiológico - de mais contacto físico, é bem provável que não cheguemos a dormir grande coisa, se insistirmos em que durma no seu berço… 

E, dependendo do bebé que tenhamos, podem até criar-se associações menos positivas relativamente ao sono.

É que o chip que vem instalado de série no nosso bebé e que fez com que tivéssemos sobrevivido até hoje enquanto espécie, faz com que ele procure a segurança dos [a]braços de um cuidador de referência, pois só assim (a tal da boa e velha mãe natureza!) garante que terá os cuidados necessários. E não adianta explicar-lhe que está no séc. XXI numa caminha fofinha e segura em Portugal, país à beira mar plantado. O chip de série é tramado e não vai nisso!

Então, o que fazer? Para mim a resposta em bastante simples: Dormir! Como funcionar melhor para cada família, desde que em segurança. Dormir! Porque é coisa boa e tão necessária para miúdos e graúdos!

Se insistirmos em “lutar” com um bebé, haverá a forte probabilidade de ele ganhar. Chama-se vencer pelo cansaço e, em muitos casos, foi o que os nossos pais fizeram connosco, deixando-nos a chorar “para abrir os pulmões” e para que fossemos mais…“independentes” (olha que bem que isso funcionou - #SóQueNão!).

Quando um bebé não se sente seguro, há maior probabilidade de lhe custar a adormecer ou de vir a acordar mais frequentemente. Adivinhem lá: tal como acontece connosco – os adultos, certo?

Esses despertares vão criando as tais associações menos boas ao sono (do tipo “mas porque é que a minha mãe desaparece sempre que eu fecho os olhos?”) e essas disrupções que se criam, vão fazendo com que os bebés estejam cada vez mais exaustos. E os seus pais também!

Quanto mais cansado fica o bebé, mais difícil é adormecê-lo e mais difícil é mantê-lo a dormir. Ah! Aí vamos nós, em modo "pescadinha de rabo na boca"!

Sei que parece um contra-senso, mas a grande maioria dos bebés que me chegam à consulta estão em total deficit de sono e já lhes é muito difícil conseguirem “desligar” e muito menos sem ajuda. O que o mito da auto-regulação nos veio trazer… Pobres bebés, que (ainda!) não têm como o fazê-lo! 

Quanto menos dormem e mais frequentemente acordam os nossos bebés, mais cansadas ficamos nós, as suas mães! O cansaço extremo faz com que estejamos cada vez menos disponíveis, o que é absolutamente natural. Mas também é natural que, ao sentir uma mãe mais cansada e emocionalmente mais frágil, o bebé fique mais alerta e reactivo ou não estivéssemos nós em “fusão emocional” (Laura Gutman in “A Maternidade e o encontro com a própria sombra”). Tem vindo a ser estudado o impacto do bem-estar emocional das mães e, enfim, das famílias, no que toca ao sono dos nossos pequeninos…

Oh, Marta, então estás a dizer que não se pode fazer nada???

Claro que não!

Estou só a dizer que para agir sobre, é necessário entender o sono dos bebés e, como tal, precisamos de o abordar de forma holística e integrada, entendendo-o sob os diferentes pontos de vista: o neurológico (a maneira como o sono se organiza), o biológico (como o sono funciona) e o comportamental (os “rituais” e aquilo que os pais podem dizer e fazer).

Se não o fizermos desta forma, bem podemos usar mézinhas, óleos e rezas, que provavelmente não irão funcionar...

Quando os bebés atingem um estado de desenvolvimento neurológico que já lhes permite dormir por períodos mais longos, quando estamos em sintonia com os ritmos circadianos, quando existe entendimento sobre a produção hormonal, tirando partido dos momentos de aumento de melatonina no organismo, quando criamos associações positivas (comportamentais) e removemos as associações negativas (se as houver)... Respeitando os sinais de cansaço e tirando partido também das “janelas”, tentando que o bebé não fique demasiado cansado e trabalhando com as “fundações” (do sono), é quando teremos tudo em sintonia para que o sono ideal aconteça! 

É neste processo que vos posso ajudar! Com o entendimento de que pode não acontecer com a rapidez de um “treino de sono”, que poderá levar algum tempo – o necessário, mas que é certo que chegaremos lá! Com respeito, gentileza e empatia. E sem choros desnecessários… 

Tendo tudo isto em conta, acredito que se torna mais fácil agir (ao contrário de reagir!), abraçando a situação que estamos a viver, em vez de combatê-la. Assim, podendo passar por isto de maneira mais fluída e suave para nós, pais e para os nossos bebés. Construindo uma boa relação com o sono que, espera-se, possa durar uma vida, para que todos possam descansar mais e melhor! 

Agora, talvez a expressão “dormir como um bebé”, já vá ser encarada com outros olhos…

Marta Alves

Marta Alves nasceu em 1974 e é apaixonada pela Vida, pela Arte e pela Natureza.

[Re]encontrou-se através da maternidade e começou a apaixonar-se pelo universo materno-infantil.

Criou The HAPPYnest, porque se assume como facilitadora e capacitadora, querendo contribuir para um desenvolvimento harmonioso e integral de cada vez mais mamãs, bebés [dentro e fora da barriga], crianças e famílias!